O gerenciamento e análise de riscos é, certamente, uma das áreas de gestão mais críticas e complexas de uma empresa, pois está diretamente ligado ao fracasso ou ao sucesso dela, demandando muito conhecimento de métodos e processos.
A gestão de riscos existe justamente para que as possibilidades de sucesso da empresa sejam aumentadas e as chances de fracasso diminuídas.
O uso de ferramentas de análise de risco tem como objetivo auxiliar os profissionais que cuidam do gerenciamento de riscos a tomarem as melhores decisões, avaliando a gravidade dos riscos para evitar que seu impacto afete pessoas, equipamentos, processos ou instalações.
Quais ferramentas usar para gestão de risco?
É importante que o profissional por trás das análises seja suficientemente qualificado e saiba que, muitas vezes, o emprego de uma só ferramenta pode não ser o bastante para a tomada da melhor decisão. Por isso, listamos as 3 principais ferramentas que fazem parte da vida deste profissional. Veja:
PFMEA
O PFMEA (Process Failure Mode and Effective Analysis) tem como objetivo reconhecer e avaliar a potencial falha de um processo e seus respectivos efeitos.
Essa ferramenta também identifica ações que devem ser tomadas para reduzir ou efetivamente eliminar a probabilidade dessas falhas ocorrerem.
Ela ainda identifica e classifica, para cada etapa do processo, os riscos potenciais de falhas. Além disso, ajuda a engenharia e o gerenciamento a evitar falhas potenciais, poupando tempo e dinheiro, e também a determinar a melhor maneira de investir o orçamento financeiro e o tempo disponível.
O PFMEA se torna com o tempo, um banco de conhecimento da empresa, uma vez que fornece o registro de todas as falhas que já foram consideradas e as ações que foram tomadas.
What if
What If é uma ferramenta de análise de riscos com foco na identificação de ameaças. É uma técnica que possibilita esse processo em qualquer fase do projeto.
Para isso é necessário reunir uma equipe que conheça o processo a fundo, além de ter em mãos diversos documentos que facilitem a compreensão do mesmo, como planta da fábrica, fluxogramas e demais especificação.
Nessa reunião, serão levantadas várias situações utilizando o “e se…?”, e suas respostas devem identificar causas e consequências daquela situação, além da solução. Estas serão posteriormente analisadas utilizando, por exemplo, outras ferramentas.
Ao final da aplicação, é criado um relatório, a fim de documentar todos os riscos levantados e as recomendações para cada um deles. Isso contribui para um processo mais claro e seguro.
5 Porquês
Para fazer uso dessa ferramenta, é preciso entender que o conceito básico dela é fazer a pergunta “por que” quando um problema for encontrado.
Não há uma regra que dita que as perguntas devem ser repetidas 5 vezes, mas esse número é bastante usual na aplicação da técnica. As perguntas geram respostas que tendem a remover as principais camadas de causas imediatas, aquelas que possivelmente escondem as causas básicas.
Essa técnica dos 5 porquês tornou-se conhecida por gerar benefícios, como:
- Identificação das causas básicas de um problema,
- Relações entre as causas,
- Baixo custo,
- Integração com outras ferramentas de gestão e análise de risco
- Envolvimento de diversos funcionários.
A intenção real é fazer a equipe refletir de maneira progressiva sobre o problema, não importando quantas repetições são necessárias para isso.
Utilizar ferramentas de análise de risco e ferramentas de gestão de risco em uma empresa é mais do que priorizar a segurança: é um movimento que envolve as pessoas relacionadas com as tarefas para que a excelência seja sempre a meta.